"Tenho de saber o que é que vocês, com menos 100 anos que as restantes pessoas, estão aqui a fazer". Foi a abordagem que tivemos, enquanto eu comia um canapé. Não consegui dar a segunda dentada e fiquei com o resto pousado na ponta dos dedos durante o resto da conversa. De nome desconhecido, interrompeu uma conversa e aproximou-se de nós. Cabelo branco, simples, óculos e, em gestos rápidos, capaz de comer um canapé grande de uma só vez. Explicámos que estamos a estudar aqui, que fomos convidadas para o evento. Perguntou-nos de que cidades vínhamos. Viena e Lisboa. Tinha uma história interessante de cada um dos países, surpreendendo-nos com a viagem na Transilvânia na qual pensou que fosse morrer [isto porque a Roménia entrou na conversa]. "Se calhar ficar impressionadas com o que vou contar. Sabem com quem vou estar em breve? Com o Coronel". Por mais que quisesse saber de quem é que ele falava, não consegui disfarçar. "Perguntam-se: que coronel? Pois, o da tenda!" Os cérebros trabalharam o mais que puderam. "O Kadhafi. Aliás, o filho do Kadhafi. Um deles". Justificou a razão, contou outras histórias, disse palavras em várias línguas. Tinha uma forma sincera de ser, as histórias eram justificadas e sustentadas, e em momento algum transpareceu o que poderia ser apenas a vontade de impressionar as únicas duas pessoas que tinham menos de cinquenta anos. "Quando era jornalista, fiz essa viagem ao Uganda e à Namíbia". Percebi então de onde vinham as histórias.
Viena e Lisboa voltaram a ser mote de outra conversa. Desta vez, para ficarmos a saber como em dez semanas, há quarenta anos, um actual director de hotel fez uma longa viagem num mini, para conhecer a gastronomia europeia. Lisboa fez parte do roteiro. Conheceu a Maria de Lurdes Modesto [nome que pronunciou correctamente] e não se esqueceu do arroz doce.
Paul Wilkinson, fundador do departamento de Relações Internacionais de St Andrews, fez parte das nossas curtas e interessantes conversas. Até que fomos as últimas a sair da festa, depois de ter encontrado um senhor americano, de uma fundação de caridade, que viveu em São Paulo e falava português.
Viena e Lisboa voltaram a ser mote de outra conversa. Desta vez, para ficarmos a saber como em dez semanas, há quarenta anos, um actual director de hotel fez uma longa viagem num mini, para conhecer a gastronomia europeia. Lisboa fez parte do roteiro. Conheceu a Maria de Lurdes Modesto [nome que pronunciou correctamente] e não se esqueceu do arroz doce.
Paul Wilkinson, fundador do departamento de Relações Internacionais de St Andrews, fez parte das nossas curtas e interessantes conversas. Até que fomos as últimas a sair da festa, depois de ter encontrado um senhor americano, de uma fundação de caridade, que viveu em São Paulo e falava português.
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