Em conversa com um investigador italiano a trabalhar em St Andrews há um ano, depois de ter passado por Inglaterra e pelos Estados Unidos, perguntei-lhe se tencionava voltar a Itália. "No, it is a hard country". Justificou a decisão pela falta de apoio para projectos de investigação e a falta de reconhecimento. Percebi o que queria dizer, mas ele acrescentou: "Em Portugal, penso que é melhor. Há muitas coisas novas a surgir". Talvez estejam a aparecer coisas novas, é verdade, mas será isso suficiente para considerar melhor que Itália? Disse-lhe que talvez não fosse bem assim. Normalmente estas conversas acabam com a pergunta: 'Por que razão então queres voltar para lá?'. Aliviámos a tensão do regresso aos nossos países de origem com a conversa sobre o tempo. Está frio, mas ainda vem mais. Há pouca luz, mas ainda haverá menos.
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