quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Discutimos nos últimos dias a paz liberal. Que responsabilidade têm os Estados ocidentais na gestão e resolução de conflitos? Há responsabilidade humana nessa intervenção? Deve a moral fazer parte de operações de peacebuilding? Até que ponto não é já essa moralidade, por si própria, fruto de valores e de uma cultura? É a moral construída socialmente? O que deve definir a intervenção ou não-intervenção de um Estado num conflito?

Num dos textos sugeridos, a influência dos media internacionais é referida, apontando uma espécie de "obsessão com a hipocrisia". "The charge of hypocrisy resonates powerfully in the modern global media, and those powers which present themselves as idealistic are particularly vulnerable to it. [...] The international media and diplomatic response to the existence of the Guantanamo facility has been thunderous and, at least until lately, continous; Russia's atrocities in Chechnya, in contrast, have received only sporadic attention and occasional, and utterly ineffectual, criticism. The reasons for this are complex, but surely one critical factor is that the United States presents itself as a moral actor, while Russia does not pretend to be anything other than ruthless". Independentemente de ser um exemplo acertado ou um argumento suficiente, o autor acrescenta: "In modern democracies, a blackened reputation and a compelled resignation from public office typically is the worst penalty for failure." (C. Dale Walton, "The Case for Strategic Traditionalism", International Peacekeeping, Nov 2009)

Uma das discussões recentes terminou com a questão se a sociedade - as pessoas, em específico - não poderá ser mais liberal que o próprio governo que, supostamente, a representa. E de outra conferência fica a conclusão: "Liberal peacebuilding is not liberal enough".

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