terça-feira, 26 de abril de 2011

Mrs. Sen by Jhumpa Lahiri

[...] 
She had brought the blade from India, where apparently there was at least one in every household. "Whenever there is a wedding in the family", she told Eliot one day, "or a large celebration of any kind, my mother sends out word in the evening for all the neighborhood women to bring blades just like this one, and then they sit in an enormous circle on the roof of our building, laughing and gossiping and slicing fifty kilos of vegetables through the night". Her profile hovered protectively over her work, a confetti of cucumber, eggplant, and onion skins heaped around her. "It is impossible to fall asleep those nights, listening to their chatter." She paused to look at a pine tree framed by the living room window. "Here, in this place where Mr. Sen has brought me, I cannot sometimes sleep in so much silence."
Another day she sat prying the pimpled yellow fat off chicken parts, then dividing them between thigh and leg. As the bones cracked apart over the blade her golden bangles jostled, her forearms glowed, and she exhaled audibly through her nose. At one point she paused, gripping the chicken with both hands, and stared out the window. Fat and sinew lung to her fingers.
"Eliot, if I began to scream right now at the top of my lungs, would someone come?"
"Mrs. Sen, what's wrong?"
"Nothing. I am only asking if someone would come."
Eliot shrugged. "Maybe."
"At home that is all you have to do. Not everybody has a telephone. But just raise your voice a bit, or express grief or joy of any kind, and one whole neighborhood and half of another has come to share the news, to help with arrangements".
By then Eliot understood that when Mrs. Sen said home, she meant India, not the apartment where she sat chopping vegetables.
[...]

Jhumpa Lahiri
The Interpreter of Maladies
 

E assim celebramos as nossas revoluções

domingo, 24 de abril de 2011

para onde vais


a um mês e meio de deixar a escócia, percebo que as perguntas mudaram. se antes perguntávamos 'de onde és?', hoje perguntamos 'para onde vais?'. apesar de tudo, continua a ser um orgulho dizer de onde sou, mesmo que a reacção tenha passado de 'waw...portugal!' para 'oh.. portugal'. agora quanto a dar resposta à pergunta mais recente, torna-se um assunto bem mais complicado.

um pintainho e um copo de cristal


não tive um domingo de páscoa. tive um domingo. quase como qualquer outro, com a diferença de saber que para muitos é um dia de família, de almoços e encontros. desta vez, optei então por não fazer parte de nenhuma páscoa, agradecendo o convite da minha senhoria, que sugeriu que eu me juntasse ao spaghetti and meat balls da páscoa da família dela,  que foi também o aniversário da neta mais nova. a mesma miúda com quem passei a tarde há dois dias. a mesma que me desenhou uma fada portuguesa, ou seja, 'with dark hair, red nails and a butterfly on her hat'. a mesma que com um gigante cubo de Rubik na mão me disse: 'adorava que isto tivesse um botão mágico para pôr as peças em ordem', o que me fez pensar como é que aos sete anos já sonhamos com botões mágicos para nos resolverem os problemas. não quis, no entanto, intrometer-me no almoço de família, pois fui eu quem  escolheu sair de casa um ano e, por consequência, estar longe da família. tenho de lidar com isso. 

passei então parte do dia sentada à frente do computador,  na biblioteca, no meio de meninas fashion que passam o tempo a comer cenouras enquanto trabalham. imagino a situação: uma delas, a mais popular de todas as outras, a mais magra e a que decide as modas trouxe uma cenoura.  as outras passaram todas a trazer cenouras para comerem enquanto trabalham, provavelmente sofrendo de dores de cabeça com a fome que as cenouras lhes fazem passar. para além das cenouras, passam pela biblioteca as calças rosadas, verdes ou vermelhas dos meninos do golfe, com sapato de berloque. observados todos os detalhes, consegui acabar o meu ensaio sobre se a china está ou não a desafiar o modelo ocidental de reconstrução em áfrica.  sem mais capacidade para perceber se as cinco mil palavras que escrevi em três dias faziam ou não sentido, imprimi o trabalho e senti-me livre por dois ou três dias. 

comprei um caixa de cuscuz no supermercado, que me dá para três refeições, trouxe um garfo de plástico gratuito que encontrei ao pé dos iogurtes e fui para a praia tentar que o meu domingo se tornasse um dia diferente. uma das praias de saint andrews consegue estar ao nível de muitas em portugal. um extenso areal, contornado por dunas e por uma floresta bem ao fundo. o mar tanto recua que deixa à vista metros e metros de rochas escorregadias, criando pequenas piscinas e lagos.  percebi que por mais que as pesssoas avancem no mar, a água lhes chega sempre aos joelhos, com ondas de vinte centímetros. sentei-me perto das rochas, dando conta do quão pontilhada estava a praia com centenas de pessoas, cães, aventureiros dentro de água, miúdos de galochas nas poças, chineses a  tirar fotografias nas rochas e todas as gaivotas e corvos incomodados por uma presença tão intensa de humanos nas zonas que costumam ser apenas dos pássaros. já não estava o sol que tinha estado de manhã e o céu tornou-se cinzento, mas não estava nem vento nem frio. descalcei-me, percebendo que esse acto passou a simbolizar para mim uma sensação de tremenda liberdade. comi a minha porção de cuscuz, desembuchando-me com a minha garrafa de água, que tinha enchido no chafariz da biblioteca. desde há um tempo que ando com uma garrafa que trouxe de portugal como se, de alguma forma, me fizesse sentir suficientemente longe e simultaneamente perto. 

antes de agarrar num livro, dei conta de um surfista que se aventurou durante trinta minutos em ondas de vinte centímetros. quando o vi a avançar pelas rochas, equipado e decidido, com a sua prancha de surf, pensei que só poderia estar a brincar. estaria ele mesmo a pensar que valeria a pena carregar com uma prancha daquele tamanho para um mar onde, simplesmente, não havia ondas? ele lá foi. o filho da namorada, com uns cinco anos, sentou-se ao meu lado, com um capuz na cabeça por cima de um boné azul. com voz em surdina o miúdo chamava o Jack e acenava, ao ponto de me fazer pena e lhe tentar explicar que talvez o Jack não o estivesse a ver. trinta minutos depois de chafurdar na água com a sua prancha, o Jack voltou a enfrentar as rochas para regozijo do pequeno que finalmente recebeu um aceno do seu herói.

duas horas e três capítulos depois, o frio era demasiado. mesmo assim quatro adolescentes branquinhos aventuraram-se nas águas. o mais gordinho de todos eles era o que corria mais depressa contra as pequenas ondas, delirante. os franzinos deixavam-se para trás. 

regressei a casa e deparei-me com dois coelhos de chocolate na minha mesa, 'a mãe e o filho', assim como um minúsculo pintainho. e um papel, escrito pela menina dos botões mágicos, a agradecer a prenda que lhe dei. e assim se passa o meu domingo, a beber um copo de vinho tinho, 'do bom e caro' como me disseram. e num copo de cristal. ou não seja hoje domingo de páscoa.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Viver no extremo

Ligeiramente atrás

Partilho uma tarde com uma menina de sete anos, que está a aprender a ler. Acho que ela se questiona por que razão eu direi as palavras em inglês de uma forma tão estranha, com erres e 'th's diferentes dos dela. E então olha-me educadamente como quem diz: 'és mais velha do que eu e não sabes falar?'. Por vezes penso que ela é condescendente comigo por pensar que eu terei apenas um ligeiro atraso.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cedo demais

‘Restrepo’ Director and a Photographer Are Killed in Libya

BENGHAZI, Libya — Tim Hetherington, a conflict photographer who was a director and producer of the Afghan war documentary “Restrepo,” was killed in the besieged city of Misurata, Libya, on Wednesday, and three photographers working beside him were wounded, one fatally, when they came under fire at the city’s front lines.

http://www.nytimes.com/2011/04/21/world/africa/21photographers.html?_r=2&ref=global-home

segunda-feira, 18 de abril de 2011


"CNN films the launch of the missile. Al Jazeera films what happens where it lands."

Josh Rushing

domingo, 17 de abril de 2011

Deve ser isto que se sente

Se os livros nos fazem viajar, também dão a conhecer o que se sente em situações que nos são desconhecidas.


'"You've got an offer. We'll give you one week to decide".
At first I did not believe him. I asked if he was serious, if there was not a second round for me to pass.
"We don't waste time. Besides, I'm in charge of analyst recruiting. I don't need another opinion".
His grip was firm and seemed to communicate to me, in that moment, that Underwood Samson had the potential to transform my life as surely as it had transformed his, making my concerns about money and status things of the distant past.
I walked back to the dormitory later that same afternoon. The sky was a brilliant blue, [...] and I felt something inside me, a sense of pride so strong that it made me lift my head and yell, as much to my own surprise as I am sure it was to the other students passing by: "Thank you, God!". 

in The Reluctant Fundamentalist de Mohsin Hamid

sábado, 16 de abril de 2011

'Fui ver'

Pelo barcos de papel, os desenhos de contornos das mãos, as aguarelas e lápis de cor, as primeiras letras, os livros, as histórias, o jardim e os pássaros que respondem aos assobios, a paciência, a mousse de chocolate, os álbuns, os cantinhos para segurar as fotografias, os versos sabidos de cor. Por tudo isso que este ano descobri continuar a fazer inteiramente parte de mim.

[...]
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!
[...]
Augusto Gil, Luar de Janeiro, 1909


Há minúsculas toupeiras no jardim.

Jornalismo e Guerra na BeH


Escrever cinco mil palavras sobre a viagem à Bósnia e Herzegovina foi uma agradável experiência. Ainda que em formato de ensaio, com menos rigidez, mas respeitando as bibliografias primárias e secundárias, dei comigo a ter um enorme prazer em recordar detalhadamente cada uma das conversas com os jornalistas na Bósnia e Herzegovina, e na Croácia. Um mundo de opiniões, que se cruzam por vezes, e que se afastam noutras. A incapacidade para uma mudança profunda, a sensação de frustração e desmotivação, assim como uma crescente consciência de que as tensões presentes tendem a aumentar. A prevalência da guerra nas primeiras páginas dos jornais, os crimes de guerra como um dos temas que geram tensões, trazem memórias, aprofundam divisões. Resta uma de duas opções, ambas sustentadas por quem as defende. Uma: falar da guerra para conseguir seguir em frente. Outra: parar de falar da guerra para conseguir seguir em frente. A primeira é defendida por quem viveu a guerra, que lembra que esse é o passado, 'o nosso passado', que a guerra 'está inacabada', 'ainda está viva', que é preciso acabá-la e resolvê-la, esclarecer o que aconteceu e que essa é a responsabilidade dos media (cujo papel antes e durante a guerra foi central). A segunda é defendida por quem não viveu directamente a guerra, mas que a continua a viver indirectamente, através de tudo o que os rodeia. É a sensação de uma geração mais nova que conhece o passado, que conhece as emoções que a família lhes passou, que assiste às contínuas divisões, mas que anseia poder seguir as suas vidas para lá disso. E essa geração sofre os mesmos problemas das gerações mais novas de muitos outros países: desemprego, falta de oportunidades, frustração. Sensações essas pioradas com a presença contínua de uma guerra trazida para o presente pela Política; política essa da qual também se sentem distantes e que acreditam ser a responsável principal pelas tensões crescentes. E os media são indirectamente influenciados pelas posições políticas, exacerbando as divisões e reflectindo três diferentes sociedades de informação. Questionados sobre o que esperam do amanhã, a resposta é: 'depende da Política'.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Volta ao mundo numa torrada

Punha manteiga numa torrada quando me lembrei da sala de pequenos-almoços de um dos hotéis nos arredores de Londres, onde fiquei em janeiro. Lembrei-me das duas raparigas russas que tratavam da cozinha, minúscula, num cantinho. Lembrei-me dos indianos, empresários simples, com quem me cruzo nas salas de pequenos-almoços. Não são dos empresários que ficam em hotéis de cinco estrelas no centro da cidade, que andam de táxi, de fato e gravata de marca, pasta preta e telemóvel caro. São os empresários que preparam o trabalho do dia seguinte num quarto de duas estrelas, com água a pingar na banheira, com janelas de vidros baços e madeira descascada, cortinas pesadas e pouco limpas. Acordam cedo no dia do seu negócio, levantam-se, lavam-se, penteiam o cabelo e vestem a melhor camisa, por baixo do pullover mais novo. Fazem tempo para a hora do pequeno-almoço e chegam com a chave na mão. À falta de lugar sentam-se ao lado da rapariga que tem ar de ter acabado de acordar, que come um croissant seco, sem saber que pode pedir uma torrada. Bebem chá, comem um ovo cozido sob o olhar assustado da rapariga da frente, comem uma maçã, pedem uma torrada. E seguem de metro, com uma pasta de tecido, presa ao ombro com uma alça. Na cabeça acredito que levem mais do que o empresário de fato de marca, que comeu papaia e manga ao pequeno-almoço, bebeu café da Etiópia, leu os jornais internacionais que nas bancas custam mais de três libras cada, foi ao jacuzzi de manhã ou fez Tai Chi na sala de vapores de cristais japoneses, antes de ter feito sinal com o dedo para que lhe chamassem um táxi e tivesse pegado na sua pasta cara e tivesse entrado no táxi, sem ter sequer de largar a pasta e o iphone pois alguém abriu a porta por ele.
Regresso à manteiga na torrada e lembro-me das fatias de pão seco, entre fatias de pão fresco, que comi todas as manhãs barradas com doce, no hotel em Sarajevo. Havia ovos cozidos que me despertam sempre o mesmo susto onde quer que seja. Café bósnio, bom, estranha limonada, doce até fazer comichão no céu da boca. Comi fatias de pão metade barradas com manteiga, outra metade com doce. O mesmo doce que me fez lembrar o doce dos meus tempos de férias, em Penafirme.  E assim percebi que, mais tempo tivesse, daria a volta ao mundo, viajando entre as tantas outras vezes que pus manteiga numa torrada.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ao som delas, acordo todos os dias


Entre o início e o fim da subida

Passei a poder estar no jardim. 'Agora é como se fosse outra divisão da casa', disse-me ontem a senhora, no dia em que cheguei de novo à Escócia. Como se fosse uma Escócia nova, quente, sem casacos, pés descalços. Desejo que assim continue e que o jardim passe a ser parte da casa. Uma vez mais lembra-me o jardim de casa dos meus avós, onde a cada recanto eu atribuía um significado especial. A árvore do baloiço, o terraço para onde não me deixavam ir por ter muros baixinhos, a terra onde escavava e a pedra com o buraco do guarda-sol que eu utilizava como uma pequena panela, cheia até cima com a água da chuva.

Hoje sentei-me sozinha no jardim. Assustei-me com o susto da pomba gorda que anda sempre por aqui e que levantou voo com enorme dificuldade. Sentei-me numa das duas cadeiras de ferro verde, com uma pequena mesa à frente, redonda, com pequeninos ladrilhos de cores no tampo. Em duas semanas, a macieira passou a ter folhas e as flores estão a caminho. Lembrei-me de como, quando vim para aqui viver, ainda tinha maçãs.  Antes que elas caíssem, passadas uma semanas de eu ter chegado, subi a um escadote mal pousado para as apanhar. Meti-as nos bolsos depois de ter enchido o saco e fiz a minha primeira tarte de maçã.

Sete meses depois de cá ter chegado, já não há maçãs, mas as folhas voltaram. Ontem sentei-me com a senhora no jardim, dois copos de vinho branco. Duas etapas bem diferentes da vida: uma atribulada primeira fase e uma tranquila última fase. Como um dia um professor me escreveu: é a difícil  e lenta subida da montanha e depois a fácil e rápida descida. Sem que nenhum dos lados da montanha tenha de ser sombrio.

Partilhámos pequenas histórias da subida e da descida. Ela relembra aos setenta e três anos os tempos em que deixou os Estados Unidos, tinha pouco mais de dezassete. 'Quando se volta, é difícil identificarmo-nos com as pessoas que lá deixámos. Nunca ninguém percebe o que vivemos. Continuas a querer voltar para trás?', perguntou-me, enquanto já me dava a resposta que esperava. Olhei para ela. A resposta a esta pergunta depende sempre da fase em que estou. Voltei a sair de casa hoje, cheguei aqui há duas horas. Deitei-me em cima da cama assim que cheguei, de janela aberta, a sentir-me perdida. E, como sempre me acontece, acordei sem saber onde estava. Viria a acontecer o mesmo durante a noite. A dor existe de cada vez que saio de casa, apenas é mais ténue agora. Portanto talvez hoje não seja dia de responder aventureiramente. 'Acho que há duas opções. Uma é não aguentar a distância que passa a existir entre aquilo que era e aquilo que sou. Aí, não resta opção: não voltar atrás. A outra opção é aceitar a distância, engolir todos os momentos, guardá-los e revivê-los sozinha, sem esperar que ninguém os entenda. E então, sim, é possível voltar atrás', disse-lhe. 'Mas isso signfica viveres mais isolada e sozinha', foi a resposta. Sei disso. Ela confessa ter pena de nunca ter voltado a rever ninguém desde que acabou a escola e saiu do país. 'Foi um corte profundo, acabou ali. Depois parti para o Bangladesh, casei-me e vim para aqui. Nunca mais soube de ninguém'. E embora não me tivesse passado sequer essa ideia pela cabeça, dos seus setenta e três anos ela acrescentou: 'Não gosto da ideia do Facebook'.  Ri-me e seguimos para uma conversa mais leve até acabarmos o vinho.
Hoje sozinha, sentada na mesma cadeira, pensei em como nunca serei capaz de traduzir exactamente estes instantes. Concluo apenas que embora quase cinquenta anos nos separem, somos uma espécie de reflexo: uma atribulada no início da subida, a outra numa pausa tranquila para reflectir sobre o que se vê lá de cima.

domingo, 10 de abril de 2011

De volta a uma Escócia surpreendentemente quente, com as paisagens que sempre imaginei. Campos verdes, sol, céu limpo. Pela primeira vez, vivo momentos na Escócia sem ter frio. E a cidade parece outra.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Todos os dias, ao meio-dia, as muitas pombas na praça central de Zagreb, Trg bana Jelačić, levantam voo. Para marcar a metade do dia, há mais de um século que é disparado um tiro de canhão com pólvora seca da Lotršcak Tower. Hoje ao meio-dia, lembrei-me dos meus dois meios-dias vividos em Zagreb, em dia de sol aberto, vento croata, cansaço de viagem. As pombas levantaram-se com o susto, como todos os dias o fazem, deram meia volta no ar e voltaram a pousar. 

sábado, 2 de abril de 2011

Feliz reencontro, 10 anos depois


"Tem coração aquele que conhece o medo, mas tem somente controle sobre o medo aquele que olha para o abismo mas com orgulho. Que olha para o abismo, mas com olhos de águia - que com garras de águia prende o abismo: isto constitui a coragem", Assim falou Zaratustra, Nietzsche