Para além do jornal diário que a minha senhoria me deixa todos os dias à porta do quarto, em cima da cama ou no meu monte de jornais por ler, há mais coisas. Café todas as manhãs. 'Porque não vale a pena fazer em pequenas quantidades e já sei que também gostas'. Então acordo todos os dias com um maravilhoso cheiro a café em casa. Desço e lá está o meu café, com a máquina ainda ligada para o manter quente. 'Está aí o café para ti', diz-me. Mas há mais. 'Este prato não consigo cozinhar em pequenas quantidades, portanto peço-te que me ajudes a comer'. Partilhamos receitas, conselhos e sugestões. E já me disse que vamos começar a fazer um concurso de quiches... Hoje a vizinha veio trazer cá à porta um papelinho com o nome de um livro sobre Sarajevo, para eu ler antes de ir para a Bósnia. E um outro livro, 'que será muito interessante para ti': The Reluctant Fundamentalist, de Mohsin Hamid. Ainda do jornal de hoje, retirou uma página com a crítica a um novo livro sobre um tema que discutimos há uns meses: Talking to the enemy: Violent Extremism, Sacred Values and What it Means to Be Human, de Scott Atran. Para terminar o dia de hoje, trouxe-me uvas ao quarto.
1 comentário:
Há todo um luxo que não consigo comentar... Apenas desejaria ser júri do concurso de quiches! (P.S. Acabei agora de jantar. São 22:33. Com certeza já deves ter a digestão mais-que-bem-feita!)
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